sábado, 6 de dezembro de 2008

O uso da tecnologia contra a devastação


A preservação ambiental é um tema recorrente em nossos dias, principalmente porque estamos sentindo na pele os efeitos da falta de cuidado com o planeta. Infelizmente, parece que as pessoas ainda não acordaram para a gravidade do que está acontecendo. A perfuração na camada de ozônio, que era, para muitos, apenas uma retórica, hoje, é uma realidade que se mostra em catástrofes climáticas – tsunamis, furações, inundações. E, não é preciso ir muito longe para perceber que o planeta está reagindo às agressões sofridas pelo Homem. Quem poderia imaginar a seca na Amazônia? E o crescimento das pragas que atingem seres humanos e animais? É o desequilíbrio do ecossistema?
De fato, o que faltou e, ainda falta, é planejamento, fundamentado em análises dos efeitos de todas as ações humanas na natureza. Ora, numa época em que se fala tanto em R.O.I (Return of Investiments), inteligência artificial e redes neurais, porque não usar todos os recursos existentes para preservar o meio-ambiente? Os avanços conquistados pelo Homem são inegáveis, mas, muitos deles penalizaram severamente o planeta, que teve seus rios e o ar poluídos, florestas devastadas, animais extintos, inundações, secas etc. E, usando a inteligência, não é preciso parar o progresso, podemos conciliar desenvolvimento e preservação.
A tecnologia é, sem dúvida, um destes recursos. Para se ter uma idéia, existem softwares tão avançados que permitem planejar, considerando todas as variáveis envolvidas em qualquer ação humana na natureza, a partir da antecipação das possíveis conseqüências, o que é vital para a preservação do planeta. Embora, estas soluções tenham sido desenvolvidas para prover análise estatística avançada para a indústria otimizar recursos e reduzir riscos, sua aplicabilidade em outros campos vem sendo experimentada por instituições educativas e de pesquisa, com resultados notáveis.
Entre os aparatos da tecnologia analítica, estão ferramentas capazes de avaliar as conseqüências de transposições de rios, construções de hidrelétricas, desmatamentos. Um bom exemplo de aplicação da análise avançada em projetos é o grau de interferência na natureza que a construção de uma estrada provoca. Este é o tipo de situação que acontece todos os dias, em virtude do aumento da frota de veículos e com ela do caos no trânsito. Aí, surge à necessidade de se construir uma nova estrada numa determinada área. Por intermédio de uma análise matemática, podemos ter uma visão aproximada de como essa intervenção afetará o ciclo vital de uma espécie.
É possível antever, por exemplo, se a estrada vai prejudicar a mobilidade dos indivíduos ou reduzir a oferta de alimentos. Esses aspectos estão ligados, respectivamente, à reprodução e a mortalidade dessa população. Não se trata de fazer um retrato fiel do futuro, mas sim de estabelecer uma “estimativa educada” dos que aqui já estavam e conseguiram manter o ciclo funcionando por milhões de anos.
As análises são tão profundas, que é possível estudar também as possibilidades de sobrevivência de uma espécie em um determinado ambiente, avaliando a probabilidade de uma população animal entrar em processo de extinção, em um meio real. Além disso, permite detectar conseqüências não imaginadas ocorridas em virtude de uma mudança no habitat. E, sem impedir o progresso, conciliando os interesses.
Isto acontece porque utiliza algoritmos e modelos matemáticos com capacidade quase infinita de avaliação e cruzamento de dados, o que permite avaliar todas as probabilidades como, para o exemplo citado, a capacidade de reprodução, a taxa de mortalidade, a mobilidade e a densidade (número de indivíduos divididos pela área total) da espécie. Existe uma tese que explica profundamente o assunto – Luiz Antonio Ribeiro de Santana, embasada nos estudos do matemático Donald Ludwig.
No trabalho realizado por este pesquisador, no final da década de 70 sobre madeireiras canadenses que enfrentavam sérios problemas causados por uma praga, descobriu-se que uma lagarta atacava as árvores que forneceriam celulose para a fabricação de papel, gerando prejuízos de bilhões de dólares para o setor. Além de não surtir efeito, a aplicação de larvicidas causava enormes danos ecológicos.
Ludwig desenvolveu, então, um modelo matemático que indicou como alternativa a construção de "avenidas" espaçadas entre as árvores. Isso dificultou a mobilidade das lagartas, interferindo diretamente na sua reprodução. Depois de algum tempo, a população de larvas foi drasticamente reduzida, o mesmo ocorrendo com os prejuízos provocados por elas. Este exemplo evidencia o nível de impacto que as ações humanas causam. Ora, já que é indiscutível que podemos e devemos utilizar a tecnologia a favor da vida. Para manter o ar que vamos respirar, no futuro; o solo que nos sustenta com seus alimentos; a água que nos renova, hidrata e purifica todo o sistema necessário para a vida, que, como sabemos, é um recurso escasso. É bom lembrar que sistemas analíticos de porte embarcam tecnologias com poder efetivo, já que suportam a tomada de decisão, rumo a uma preservação inteligente. Com o planejamento que a análise estatística avançada viabiliza, é possível minimizar os impactos, colaborando com o ciclo que evita a devastação ambiental e produz a qualidade de vida.
E, já passou da hora de cada um fazer a sua parte. As corporações e o governo podem se valer das tecnologias existentes para minimizar os impactos na natureza, com planejamentos estratégicos coerentes e abrangentes. Afinal, estamos diante de um problema de proporções inimagináveis, que requer, na mesma medida, novas formas de ajuste das demandas da sociedade às necessidades de preservação do meio-ambiente.
A conclusão é simples. Falamos tanto em desarmamento, manter ou abrir mão de nossos direitos. E o direito daqueles que nascem? Ou melhor, o direito daqueles que aqui já estavam antes mesmo de nós? Sobre a “VIDA”, deveríamos neste campo não somente nos preocupar com a nossa própria existência, mas, sim, em conseguir manter o equilíbrio global, o que é premente para sua continuidade. E, por quê, então, não lançar mão de todas as armas para equilibrar e respeitar a natureza? Assim, poderemos olhar para o futuro, com mais otimismo. Além disso, os cidadãos podem, com pequenas ações diárias como economizar água, não comprar móveis cujas árvores estão em extinção, reciclar o lixo etc – contribuir para a preservação da natureza.



sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

visite o site http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3374507-EI4802,00-Internet+pode+alterar+o+funcionamento+do+cerebro+diz+medico.html

Tecnologia rima com ecologia?



CULPA DE QUEM? - Há denúncias de que eletrônicos velhos são despachados de países ricos para pobres
Revolução digital e aquecimento global: o ‘Link’ investiga a relação entre essas duas tendências da nossa era
Filipe Serrano
Neste início de século 21, dois assuntos estão na boca de todo mundo: o aquecimento global, grave ameaça à nossa existência na Terra, e a revolução tecnológica, que muda radicalmente a economia, o trabalho, a cultura, nossos hábitos e a maneira como nos comunicamos.Como essas duas tendências essenciais de nossa era se relacionam? O avanço tecnológico ultraveloz contribui para o aquecimento da Terra ou pode ajudar a tornar a atividade humana mais sustentável? O que aconteceria se todo mundo – somos 6,7 bilhões – tivesse computador, celular, etc.?Segundo pesquisa da consultoria Gartner, a cadeia de produção, consumo e descarte de PCs e celulares é responsável por 2% do total das emissões de gás carbônico. Parece pouco, mas só os oito países mais poluidores do mundo emitem mais de 2% do total de CO2 lançado na atmosfera por ano.O impacto ambiental começa na produção, que usa quantidades enormes de água e matérias-primas, passa pelo consumo de energia e desemboca no lixo tecnológico. O descarte inapropriado contamina o solo e os lençóis freáticos com metais tóxicos, como chumbo.Por outro lado, a substituição do correio tradicional pelo e-mail e a digitalização de documentos reduzem o consumo de papel. A internet também possibilita que as pessoas trabalhem a distância, evitando deslocamentos e viagens.“A tecnologia é uma ferramenta poderosa para tornar nossa vida na Terra mais sustentável. Mas, se utilizada de forma irracional, pode nos levar ao desastre”, diz Enrique Montero, pesquisador em tecnologia eletrônica da Universidade de Cádiz, na Espanha.Nesta edição, o Link busca compreender essa delicada relação. E dá dicas para você, leitor, usar sim a tecnologia, mas com consciência.

http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=10924

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A era da "informação"

A sociedade vive dilemas no mundo atual, diante da diversidade de produtos tecnológicos ela se curva à parafernália de todas as espécies.
A era da informação chega e com ela todos os problemas que a facilidade e agilidade da da tecnologia pode trazer.
Depois da revolução industrial, esse momento marca, justamente por tantas inovações e fatos que mexeram com a sociedade.
Aumentando a distância das classes, pois os menos abastados não tem o acesso que a atualidade e a sociedade exigem.
Nas fábricas os homens são substituídos por máquinas, aumentando o número de desempregos.
Na saúde, até cirurgias, onde robôs atravessam o caminho do homem, e fazem tudo atráves do comando de voz.
O conhecimento científico se faz presente no dia a dia e torna-se cada vez mais banal quando acessamos uma conta por meio de programas altamente modernos, todos criados diariamente e sempre renovados pelo homem.
O poder econômico, assim como as alterações ambientais sofrem mudanças, mas o homem segue sua busca pela melhor qualidade de vida, ainda que nem sempre seja a melhor forma de evolução.

Robôs podem fazer cirurgias no espaço
Pequenos robôs, feitos por pesquisadores da Universidade de Nebraska, permitem que doutores façam cirurgias em pacientes no espaço. Com pouco mais de 7 cm de tamanho e o formato de um batom, o instrumento pode ser usado para fazer pequenos cortes controlados remotamente por cirurgiões em diferentes localidades.

Alguns robôs são equipados com câmeras e luzes, e podem enviar imagens para os doutores. Já outros têm ferramentas cirúrgicas que podem ser controladas remotamente. "Em nossa opinião, estes robôs substituirão as cirurgias abertas", segundo o doutor Dmitry Oleynikov em uma conferência. Oleynikov é um especialista em cirurgias com o mínimo possível de invasões e feitas com robôs, no centro médico da Universidade de Nebraska, em Ohama.

Funcionários esperam que, em 2006, a NASA ensine astronautas a usarem os robôs para que intervenções cirúrgicas possam ser feitas no espaço. Devido a atrasos na comunicação entre a Terra e as naves no espaço, os cirurgiões devem falar para os astronautas o que deve ser feito em uma cirurgia, segundo Oleynikov.

No entanto, na Terra, os médicos poderão controlar os robôs sem intervenção. Em campos de batalha, os robôs podem curar soldados feridos na linha de frente, segundo Shane Farritor, professora de engenharia que também participou do projeto.